|
|||||||
Notícias
de lá, notícias de cá Rebulias na Bahia Demonstrações pressionam governo e o transporte público não fica mais barato, porém volta a vigorar a meia-passagem para sábados, domingos, feriados e férias. A questão é complicada e a repercussão foi tão grande que exigiu uma imediata reunião de todos os prefeitos de capital do Brasil para a discussão do problema. leia mais Durante sete dias,
os estudantes secundaristas de Salvador (Ba) pararam a cidade, interditando
as ruas e impedindo o tráfego dos ônibus, em protesto contra
o aumento da passagem de R$1,30 para R$1,50. Foi um deslumbramento ver
o poder de adolescentes, ou recém-saídos da adolescência,
de forma espontânea, ordeira e bem-humorada, protestarem contra
um problema que atinge diretamente o bolso não só dos estudantes,
mas da população em geral. Em Salvador, sábados,
domingos e feriados, além das férias, não valem como
meia-passagem, o que era uma reivindicação dos estudantes,
além da recriação do Conselho Paritário, envolvendo
estudantes, prefeitura e empresários, que existia, mas foi extinto,
para que estes aumentos não sejam tão arbitrários.
Os governantes se apavoraram com o que aconteceu na Bahia e temendo um efeito multiplicador, discutiram entrar com algum tipo de subsídio para contornar a situação. O certo é que a passagem, em Salvador, continuou a custar R$1,50, mas valendo a meia passagem para sábados, domingos, feriados e férias, além de abranger agora estudantes de mestrado. O Conselho Paritário também foi recriado. Valeu, galera! Poder pararelo no Rio de Janeiro Passando agora do
poder de pressão que adolescentes podem fazer para autoridades
do Brasil inteiro, para um poder que está totalmente fora de controle
das autoridades do Brasil inteiro, mais especificamente do Rio de Janeiro:
o chamado "poder paralelo está tão independente
no Rio que simplesmente proibiu um desfile cívico em comemoração
ao dia da "independência do Brasil, 7 de setembro, que
envolvia 17 escolas públicas e particulares, com um total de 11
mil alunos, que ocorreria na zona oeste. Também, com
as autoridades que temos, principalmente o parvo Garotinho no comando
da Segurança Pública, a impunidade corre solta, tanto que
10 anos depois das chacinas da Candelária e Vigário Geral
até hoje nenhum policial ou governante foi punido. Para completar,
o governo "Rosinha suspendeu o convênio que mantinha
com a ONG Viva Rio, de credibilidade inquestionável, que contabilizava
a violência carioca. Daí em diante, os números despencaram.
Mais detalhes sobre este tema no excelente artigo de Xico Vargas "A
independência do tráfico, no site www.nominimo.com.br.
O Rio, praticamente
sob o comando do poder paralelo e com este secretário de segurança,
ainda tenta mobilizar-se contra a violência. Quarenta mil pessoas
participaram da passeata "Brasil sem armas, na orla de Copacabana.
Compareceram dois ministros (Justiça e Comunicações),
o secretário especial de Direitos Humanos e outras autoridades
federais. É a classe média acuada diante da inoperância
do poder público, tentando resistir. Quem vai desarmar os traficantes?
Quem vai fiscalizar e punir agentes, como o que recebeu R$ 400 mil da
mão de Fernandinho Beira Mar e Marcinho VP, coincidentemente juntos
no mesmo presídio, para abrir a cela de Uê e matá-lo
junto com dois cunhados e ainda contar com o apoio de guardas que ajudaram
a carbonizá-lo? O parvo Garotinho
anunciou na véspera que filmaria todos os que fossem à missa,
como se traficante tivesse tempo para isso. Anunciou, a imprensa inteira
compareceu, os familiares, que não passavam de 30, não puderam
terminar a missa porque um dos presentes foi autuado como "apologista
do tráfico ao portar uma camiseta com os dizeres: "Saudades
eternas a nosso mano Uê e "Será sempre nosso general.
Depois querem melhorar
a imagem do Brasil lá fora! O Uruguai, pasmem! recebe anualmente
mais turistas que o Brasil. Claro que lá tem cassinos legalizados
e neve, mas não é possível que um país equivalente
ao Rio Grande do Sul em extensão, supere a gente na recepção
de turistas. Números absolutos. Então não é
a distância da Europa e dos Estados Unidos, como argumentam alguns,
o motivo desse disparate. Internacional: o encontro de pobres e ricos em Cancún termina em impasse Lula foi aos EUA, México e Cuba. Na sede da ONU fez um discurso audacioso contra a guerra de um modo geral, afirmando que a única guerra que vale a pena é contra a fome e a miséria que assolam o planeta. leia mais O Encontro de Cancún,
como já era esperado, tratou mais de questões comerciais
do que ideológicas, como costuma acontecer nestes tempos de novo
capitalismo. Norte e Sul é a questão. Ricos e pobres, para
ser mais explícita. O Norte (EUA e Europa) quer, teoricamente,
a abertura de mercado, mas o subsidia (o que barateia, evidentemente,
seus produtos) e agora apresentam, em uníssono, uma novidade: barreiras
de acesso a mercados que exportam mais do que importam produtos agrícolas.
O Sul, então, resolveu criar o "Grupo dos 20, do qual
o Brasil é um dos inspiradores e líderes. Todos têm
em comum presença forte no mercado agrícola. Para maiores
detalhes do desdobramento desta guerra Norte x Sul, ler "The Effects
of Financial Globalization on Developing Countries: Some Empirical Evidence,
em www.imf.org. Na opinião
de José Paulo Kupper, a inserção brasileira na "globalização,
que começou há duas décadas, tem sido um desastre.
Desceu ladeira abaixo, diz ele, no artigo "As Marés da Globalização
no site nominimo. A fatia que nos cabe no comércio mundial não
chega a 1% do total. Vexame é pouco! Para levantar o astral,
ler "A Globalização Imaginada, do argentino-mexicano
Nestor Garcia Canclini, tradução de Sérgio Molina,
Ed. Iluminuras, 224 pg. R$39,00. Ele diz textualmente que "Há
no nosso futuro muito mais oportunidades do que a opção
entre McDonalds e Macondo (cidade mítica de "Cem Anos
de Solidão). A cultura, e não o dinheiro, são
suas principais ferramentas. Estamos de pleno acordo! Lula foi aos EUA,
México e Cuba. Na sede da ONU fez um discurso audacioso contra
a guerra de um modo geral, afirmando que a única guerra que vale
a pena é contra a fome e a miséria que assolam o planeta.
Grande sacada para quem quer emplacar seu programa de "Fome Zero
e liderar o "Grupo dos 20 do Encontro de Cancún, sem
contar, claro, com a diretíssima para Bush e sua insana obsessão
bélica. Já comentamos aqui, e isso é exaustivamente
repetido pela imprensa do mundo todo, que além do Édipo
mal resolvido de Bush Jr (que quer superar painho), existem interesses
petrolíferos e apoio declarado da indústria bélica
que o ajudou a se eleger e não quer ver seus mísseis tornarem-se
obsoletos, sem um uso prático. Ou seja, estarão inventando
motivos para bombardear algum país. A passagem por Cuba
foi mais discreta do que prometia. "Foi um encontro para tratar de
negócios, não de política, explicou Lula mais
tarde. Relembrou que, na posse de Collor, recebeu uma visita de Fidel,
o que foi muito significativo para ele, na época derrotado. "São
gestos que não se esquecem, disse Lula, e talvez por isso,
tenha preferido tratar de assunto mais amenos com Fidel. Plantio da soja transgênica no Brasil, liberação por engano? O Enquanto Lula viajava,
o vice José de Alencar assumiu a presidência, como é
costume nestas ocasiões. Só que provocou a maior polêmica
ao publicar, no Diário Oficial da União, uma Medida Provisória
que liberava o plantio da soja transgênica no Brasil. Depois tentou
consertar, dizendo que a versão publicada não foi a mesma
assinada por ele. Atribuiu a inaceitável ratada a um e-mail errado,
anterior às modificações que foram feitas numa reunião
com ministros e parlamentares. Isso pode acontecer num país sério?
O Brasil passou anos negando que houvesse plantação deste
tipo de soja para comercialização, que apenas cultivava
pequenos lotes para experimentação, pesquisa, e de repente,
quando Lula viaja para os EUA, México e Cuba, o vice José
de Alencar, com uma "canetada, passa a considerar legal a produção
desta soja no Brasil. Aí então
é que se foi descobrir que isto já existe, em escala comercial,
há muito tempo, com grandes agricultores que plantam 100% de soja
transgênica, que é muito mais viável economicamente,
o que aumenta o lucro ao economizar com herbicidas. Se isso afeta de algum
modo a saúde humana ainda não se sabe, pois os testes feitos
nos Estados Unidos incluíram apenas ratos, mas a multinacional
Monsanto não está muito interessada nisso e está
correndo atrás de indenizações dos produtores da
soja transgênica que entrou ilegalmente no Brasil, o que não
lhe rendeu nenhum royaltie. Neste caso, literalmente, "correndo
atrás do prejuízo, como se diz por aqui. Breves, Breves...
christfausto@ibest.com.br críticas, comentários, sugestão de temas.... |